quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Quanto de mim ainda há em ti?

Ainda lembro do adeus, da dor. Lembro de cada lágrima...
E as infinitas fotos são poucas quando comparadas às lembranças.
As fotos... Não consegui rasgar, deletar, me livrar. Tenho cada foto, cada carta, cada jura, as conversas na internet.
Minhas amigas sempre me dizem que depois do fim, o melhor é jogar tudo fora, não ficar lembrando, mas eu não sou forte o bastante. Esse fim me enfraquece e eu só era mais forte ao seu lado.
Mesmo depois de tanto tempo, tudo devia estar borrado, embaçado, cinza e quase esquecido. Mas não. Está tudo aqui dentro, tudo guardado, tudo cravado e tatuado e parece que nada que eu faça apaga esse sentimento de mim.
Amei de todo coração, me entreguei, mergulhei de cabeça e até o fundo, me abri como nunca tinha feito antes. Para mim, aquilo era verdade, aquilo era real, era a vida. Aí acabou! PUF! Cadê meu chão?

Como se vive longe de você? Como andar na rua sem sua mão na minha? Como tomar meu sorvete favorito, que era nosso sorvete favorito? Como encarar nossos amigos e esquecer as bebedeiras? O que eu vou fazer com a aliança? Os desejos? O futuro que tínhamos sonhado pra nós?
Quem mais vai brigar com os homens que me olham na rua?
Qual o sentido de dormir naquele meu travesseiro que você amava e perceber que ele não tem mais seu cheiro?
Com quem eu vou dividir as jujubas? E dar bronca porque fica riscando as folhas do meu caderno?
É tão ruim ficar sem dormir, me perguntando se você faz essas coisas com outra agora. Seu desenho ainda está no meu mural, seus presentes permanecem espalhados pelo meu quarto. E eu sei que parece loucura, mas eu ainda penso em você todos os dias. E quanto mais o tempo passa, mais doente meu coração fica. Doente por saber que a cada dia nosso amor fica mais distante de você, mas nunca de mim...

Um comentário:

  1. Olá Luiza, obrigada pela visita. Gostei muito do seu texto. Espero que tenha um ótimo inicio aqui. Já estou te seguindo. Bjos, volte sempre!!!

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